Emergência social é prioridade
Presidente da República alertou ontem à noite para a necessidade de se proteger as pessoas de mais baixos rendimentos.
Presidente da República alertou ontem à noite para a necessidade de se proteger as pessoas de mais baixos rendimentos.
A Santa Casa da Misericórdia pretende ajudar mais de 100 pessoas por ano a criar empresas com recurso ao microcrédito e quer estes novos negócios com uma taxa de sucesso próxima dos 100 por cento.
Estudo da Tese coordenado pelo ISCTE revela que quase um terço das famílias portuguesas vive num limbo. Dizem que estão “em stand-by”, mas já entraram numa curva descendente.
Comissão Europeia apresenta números do último Eurobarómetro. 91 por cento dos portugueses inquiridos acha que pobreza aumentou “muito” ou “relativamente” no país, nos últimos 12 meses.
Só alguns dos países do antigo bloco comunista que aderiram à União Europeia (UE) são mais pobres que Portugal. O nosso país é o nono pior no ranking do poder de compra. No topo da lista está o Luxemburgo, com elevada percentagem de população de origem portuguesa.
Metade dos empregados apoiados pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que revelam ter um posto estável – ou seja, que trabalharam no último ano – contam com rendimentos entre 225 e 449 euros (por adulto).
Estudo a que a Renascença teve acesso revela que o regresso ao mercado de trabalho é difícil para os desempregados e a maioria daqueles que o consegue é nos primeiros seis meses em que recebe subsídio.
Sob forte pressão para a redução das despesas, a Segurança Social terá este ano como objectivos de curto prazo a reformulação dos direitos da protecção no desemprego e das regras de acesso às prestações de solidariedade. Assim, o novo apoio para famílias pobres não vai chegar ao terreno em 2010, ano europeu do combate à pobreza.
Lisboa é a quarta cidade europeia onde a pobreza é um dos problemas mais consensuais. Segundo o novo eurobarómetro sobre qualidade de vida nas cidades publicado ontem, a capital portuguesa surge apenas atrás das capitais Budapeste e Riga, e da cidade húngara Miskolc. Associados estão problemas crescentes como a dificuldade em pagar contas ou os preços das casas.
Fundações portuguesas, reunidas no Porto, defendem que o problema se combate “com estratégias de longo prazo”.