Segundo a novíssima leitura do Fundo Monetário Internacional (FMI), a concretização do programa de assistência económica e financeira a Portugal vai cavar mais o recuo da economia neste ano e no próximo, mas, em seguida, o crescimento económico tenderá a ser mais forte em 2013 e 2014. Nas condições de volatilidade, às quais se encontra exposta a economia mundial e, em especial, a europeia, não vale a pena matar a cabeça com problemas antecipados a quatro anos de distância. Mas há uma faceta do retrato tirado ao País que tem de suscitar a discussão atenta de todos os protagonistas no fenómeno económico: se, como não podia deixar de ser, o aprofundamento da recessão traz consigo o aumento do desemprego – com um pico no próximo ano nos 13,4% (à volta de 750 mil desempregados), diz o FMI -, vale a pena tomar nota da lentíssima recuperação do emprego e da redução do desemprego nos anos seguintes, mesmo quando o PIB já registe valores positivos. Eis-nos no cenário que já motiva grandes preocupações dos dois lados do Atlântico: crescimento do produto com escassa criação líquida de emprego.
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