RSI. Quase 3 mil novos beneficiários apenas no primeiro mês de confinamento

 

Em janeiro deste ano eram 211.398 as pessoas em Portugal que beneficiavam do Rendimento Social de Inserção; apenas um mês depois esse número tinha dado um salto de 2.841 para os 214.239. O novo confinamento, tal como aconteceu durante o primeiro, está a fazer com que sejam cada vez mais os beneficiários desta prestação social, atribuída a cidadãos e famílias “em situação de pobreza extrema” e que não vai além dos 189,66 euros por adulto.

De acordo com os dados disponibilizados esta segunda-feira pelo Instituto da Segurança Social e revelados pelo Público, são agora 100.174 as famílias a usufruir desta prestação — desde 2019 que não eram tantas — e a receber uma média mensal de 262,33 euros.

Desde o primeiro confinamento, decretado na segunda metade de março de 2020, que o número de beneficiários do RSI começou a subir, contrariando a tendência que se verificava há dois anos, fruto da recuperação económica e da consequente diminuição do desemprego. De 222 mil beneficiários em abril de 2018, das contas do Instituto da Segurança Social passaram a constar menos de 200 mil em fevereiro de 2020.

Em sentido contrário, também com a pandemia, diz o jornal, tem vindo a cair o número de beneficiários do Complemento Solidário para Idosos (CSI), atribuído a partir dos 66 anos e 5 meses a “idosos de baixos recursos”. Em fevereiro de 2020, imediatamente antes de ser declarada a pandemia de Covid-19, o CSI contava com 164.788 beneficiários. Um ano depois, eram 159.319 os idosos que recebiam a prestação, menos 5.480.

Ao Público, o o sociólogo Fernando Diogo atribuiu a queda ao aumento de mortalidade, Covid e não-Covid, e ao medo ou dificuldade em sair de casa que terá mantido muitos idosos longe dos locais onde este complemento pode ser requerido.