Programa de Ajuda Alimentar irá manter-se até 2014 exactamente nos mesmos moldes e com os mesmos montantes dos actuais

A Alemanha flexibilizou a recusa que manteve, durante meses, à renovação do programa europeu de ajuda aimentar, aceitando prolongá-lo durante mais dois anos. Mesmo assim, impôs como condição a sua eliminação definitiva a partir de 2014
Esta posição deverá permitir hoje um acordo dos ministros da agricultura da União Europeia sobre a renovação de um programa no valor de 500 milhões de euros, que permite apoiar 18 milhões de europeus carenciados, todos os anos.

"Neste momento as perspectivas são, de facto, que haja esse desbloqueio e que o programa se possa manter pelo menos durante os próximos dois anos", comgratulou-se Assunção Cristas, ministra portuguesa da Agricultura à margem da reunião dos Vinte e Sete. "Isto, a verificar-se, é muito positivo, ficamos felizes com esta evolução", que "significa que vamos poder continuar a apoiar 400 mil pessoas em Portugal", acrescentou.

Segundo a ministra, o programa irá manter-se até 2014 exactamente nos mesmos moldes e com os mesmos montantes dos actuais. Uma anterior ideia de obrigar os governos a financiarem uma parte dos montantes europeus, através dos respectivos orçamentos nacionais, será assim abandonada, o que era uma das principais reivindicações de Portugal no actual aperto orçamental.

"Para o futuro veremos o que é que é possível encontrar de soluções que serão com certeza sempre importantes num quadro de grande fragilidade social", frisou a governante portuguesa