Número de inscritos nos centros de emprego aumentou 24,5% em Junho

 

Os centros de emprego tinham 645.995 desempregados registados no final de Junho, mais 24,5% do que no mesmo mês do ano passado. Em relação a Maio, houve mais 4733 pessoas inscritas, um aumento de 0,7%.

O aumento foi maior entre pessoas que estão desempregadas há menos de um ano (37,6%), enquanto no desemprego de longa duração (pessoas inscritas há mais de 12 meses) a subida foi de 7,5%, mostram os dados divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

A subida do desemprego foi mais significativa entre os homens (29,9%) do que entre as mulheres (19,8%). O segmento jovem foi de novo “o mais afectado pelo agravamento anual do desemprego”, ao subir 37,1% face a Junho de 2011.

A grande maioria estava à procura de um novo emprego (598.114 pessoas), o que quer dizer que a subida em relação ao mesmo mês do ano passado foi de 24,1%. Mas o aumento foi mais acentuado entre as pessoas que procuram o primeiro emprego (29,6%), para 47.841.

O IEFP considera desempregados registados nos centros de emprego as pessoas que se inscreveram à procura do primeiro emprego e as pessoas que já trabalharam e estão fora do mercado de trabalho e estão “imediatamente disponíveis para trabalhar”.

Em todas as regiões houve aumento de inscritos, quando se comparam estes dados com os do ano passado. Os Açores tiveram o maior aumento (43,9%). No continente, o Norte continua a ser a região com o maior número de pessoas que se dirigem aos centros de emprego (273.863 desempregados).

Comparando a evolução de Maio para Junho, regista-se já um recuo mensal em três regiões (Algarve, Açores e Madeira), o que poderá estar relacionado com o habitual aumento dos empregos sazonais.

No Continente, o número de professores dos ensinos secundário e superior (e de “profissões similares”) inscritos nos centros de emprego subiu em fecha (150,8%) em relação a Junho do ano passado, para 7432 pessoas. Em Maio, havia 6716 docentes nesta situação, registando-se um aumento de 10,7% em Junho.

São, no entanto, outras as profissões com mais pessoas inscritas. Há cinco grupos que representam mais de metade do número de pessoas contabilizadas pelo IEFP: pessoal dos serviços, de protecção e segurança; trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio; empregados de escritório; operários da indústria extractiva e da construção civil; e trabalhadores não qualificados das minas, da construção civil e da indústria transformadora.