Há quase 240 mil desempregados em Portugal que não recebem subsídio. Ou porque não descontaram o tempo suficiente para ter direito a este apoio social ou porque já o perderam. É praticamente metade ( 45,7%) dos desempregados registados nos centros de emprego do Instituto de Emprego e Formação Profissional ( IEFP). Em Julho do ano passado, o número de pessoas sem trabalho e sem subsídio era de ‘ apenas’ 196 mil, menos 22% que actualmente.
O Porto é, de acordo com os números da Segurança Social a que o DN/ Dinheiro Vivo teve acesso, a região do país com o maior número de beneficiários das prestações de desemprego: são 65 433, 23% do total. Seguem-se Lisboa ( 54 859) e depois Braga ( 29 191). Bragança é a região com menos número de pessoas a receber subsídio de desemprego ( 1969).
Do total de desempregados a receber subsídio, mais de 144 mil são homens, enquanto as mulheres não chegam a 141 mil. Com uma particularidade, enquanto nas desempregadas não há grandes oscilações no número de beneficiários nas faixas etárias entre os 30 e os 60 anos; a maioria dos homens que recebe subsídio concentra-se entre os 45 e os 60 anos
A crise começa também a deixar marcas profundas nos estrangeiros que vieram para Portugal à procura de uma vida melhor: há mais de 17 mil estrangeiros a receberem subsídio de desemprego. Destes, a esmagadora maioria são brasileiros ( 5728), de países africanos de língua portuguesa ( 4671) e da Europa de Leste ( 3921).