Maior disparidade salarial agravada em situação de crise

As mulheres portuguesas chegaram tarde ao mercado de trabalho… mas em força. Entre 1995 e 2010, aumentou a taxa de emprego feminino de 47% para mais de 60%, proporção que é maior entre as mães com filhos pequenos e uma das mais elevadas dos países comunitários. Também subiu significativamente o número de mulheres com um curso superior – 16,9% da população feminina, quatro vezes mais do que em 1991. Mais qualificadas do que os homens mas nem por isso com melhores salários, recebendo em média menos 20% por mês. Uma disparidade que, no entanto, é inferior às desigualdades entre os mais e os menos bem pagos. E com tendência para aumentar.

Estatísticas Emprego 2º Trimestre 2013

De acordo com os dados do INE a destruição de postos de trabalho por conta de outrem entre o segundo trimestre de 2012 e igual período deste ano foi de 4% (ou menos 146 mil empregos em termos líquidos).Todos os escalões de rendimento contribuíram para a descida, exceto o dos salários líquidos inferiores a 310 €, o qual registou um aumento de 5,2% ( mais oito mil casos). A maior quebra homóloga aconteceu no grupo dos 1800 a 2500 euros, com uma quebra de quase 26% nos respetivos empregos.