Mais de um quinto da população idosa vivia em risco de pobreza em 2009

O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (EUSILC), realizado anualmente junto das famílias residentes em Portugal, revela que "a taxa de risco de pobreza para a população idosa era de 21 por cento, valor ligeiramente superior ao registado em 2008 (20,1 por cento)".
De acordo com o inquérito, o risco de pobreza manteve-se inalterado nos 17,9 por cento em relação à população em geral, correspondendo "à proporção de habitantes com rendimentos anuais por adulto equivalente inferiores a 5.207 euros em 2009 (cerca de 434 euros por mês)".
Nos indivíduos com menos de 18 anos, a taxa de risco de pobreza em 2009 era de 22,4 por cento, o que representa uma decréscimo de meio ponto percentual face ao ano anterior.
"O rendimento monetário líquido equivalente dos 20 por cento da população com maiores recursos correspondia a 5,6 vezes o rendimento dos 20 por cento da população com mais baixos recursos, mantendo-se a tendência decrescente registada por este indicador", revela o inquérito.
No mesmo período, "o contributo das transferências sociais reduziu em 8,5 pontos percentuais a proporção da população em risco de pobreza, o que significa um aumento deste contributo face a 2008, que era de cerca de 6,5 pontos percentuais".