Lisboa: Câmara discute hoje carta de equipamentos de saúde

A carta de equipamentos de saúde, que a vereadora da Acção Social, Ana Sara Brito (PS), leva à reunião do executivo municipal, aponta para novas unidades nas áreas de influência dos centros de saúde de Benfica, Lumiar, Sete Rios, Olivais, Marvila, Ajuda e Alameda.

Tendo em conta a propriedade municipal dos terrenos em causa, o documento aponta como passíveis de avançar de imediato as unidades no Parque das Nações, no Montinho de S. Gonçalo (Alta de Lisboa), em Carnide, Benfica (Rua Dr. Rodrigues Migueis), Campolide, Pedrouços, Vale da Ameixoeira e no Bairro da Boavista.

A carta de equipamentos de saúde aponta também para a necessidade de criação de mais de 1.500 camas ou lugares em unidades de cuidados continuados.

A cidade necessita de 215 camas em unidades de convalescença (actualmente existem 45), 271 camas em unidades de média duração (existem 22), 719 camas em unidades de longa duração (existem 12), 219 lugares em unidades de dia e 88 em cuidados paliativos.

Para a criação destas unidades, a autarquia identificou 15 localizações e respectivos terrenos, onde as infra-estruturas poderão ser construídas, embora na sua maioria "a médio e longo prazo".

A Câmara discute ainda uma proposta da vereadora Helena Roseta, do movimento Cidadãos por Lisboa, defendendo que a autarquia encontre com o Ministério da Cultura uma solução que garanta a compra da casa no Restelo de onde foram retirados painéis de Almada Negreiros.

A proposta sugere que a autarquia acorde com o Ministério da Cultura, a Faculdade de Belas-artes e a Fundação Gulbenkian um modelo de financiamento partilhado, "recorrendo a mecenas nacionais e/ou estrangeiros e/ou programas da União Europeia e /ou outras instituições de índole internacional".

Os Cidadãos por Lisboa defendem ainda que esta compra deverá permitir a abertura no local, a curto prazo, de um local de partilha e divulgação de conhecimento acerca do Modernismo.

Propõem igualmente que o protocolo a elaborar com o Ministério da Cultura permita a criação, a médio prazo, "de um projecto-piloto de casa-museu-atelier de artes plásticas", que contemple igualmente um programa de exploração que inclua a abertura de uma livraria, cafetaria e loja especializada.