Governo anuncia linhas de crédito para micro empresas e micro crédito

José Sócrates falava perante cem jovens de variadas áreas sociais (mas em que dominavam os empresários), numa sessão que decorreu no Parque das Nações e que se integrou no programa que assinala os 100 dias de executivo minoritário socialista.

Respondendo a uma pergunta de uma jovem empresária (que ainda recentemente esteve no desemprego) de Castelo de Paiva, o primeiro-ministro disse que o Orçamento do Estado para 2010 "não apenas manterá as ajudas às empresas e aos desempregados, como também as reforçará".  

"Vamos reforçar os apoios em especial para os jovens que querem promover a sua actividade, através da criação de duas novas linhas de crédito: uma destinada às microempresas, a Invest mais; e outra destinada ao microcrédito, até 15 mil euros", disse.  

De acordo com Sócrates, a linha de micro crédito "será o primeiro estímulo para que jovens desempregados possam desenvolver a sua actividade". 

"Os jovens vão relacionar-se com os bancos, apresentando os seus projectos de investimento. Se os bancos aprovarem o projecto, o Estado participará no risco, cobrindo 75 por cento, reduzindo a taxa de risco e de esforço", acrescentou. 

Na sua intervenção, o primeiro-ministro referiu que o Orçamento do Estado para 2010 será "exigente e difícil, porque tem que compaginar rigor na contas públicas e a manutenção dos estímulos à economia". 

"O nosso país precisa de iniciativa, de quem queira correr riscos e de formar empresas", declarou, antes de fazer um apelo veemente "à confiança na economia portuguesa". 

Na conversa com os jovens, que foi moderada pela modelo e apresentadora de TV Helena Coelho, o primeiro-ministro disse ainda que "haverá apoios diversificados à contratação de novos trabalhadores por parte das empresas". 

"Haverá uma contrapartida na ajuda pública, nomeadamente com uma redução da taxa social única dos empregados. Compreendemos que as ajudas às empresas são essencial para que 2010 seja encarado com maior confiança", sustentou. 

Neste ponto, Sócrates salientou mesmo que "nada poderá correr bem" na economia "sem confiança".