Famílias beneficiárias do rendimento social de inserção aumentaram 20%

O número de famílias com direito ao Rendimento Social de Inserção (RSI) aumentou quase 20% em 2009, chegando a mais de 192 mil agregados. Os dados foram revelados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os indicadores sociais do INE, existiam 192.276 famílias a receber o RSI em 2009, contra as 160.557 que o recebiam em 2008, o que representa um aumento de 19,8%.

Em termos de distribuição geográfica, a maioria das famílias que recebe o RSI está concentrada no norte de Portugal (92.034), logo seguido por Lisboa, com 41.196 famílias.

Já no que diz respeito aos beneficiários individuais do RSI, o aumento foi de 16,4%, passando de 418.364 em 2008 para 486.977 em 2009.

População em risco de pobreza nos 17,9%
A população em risco de pobreza, depois de pagos os apoios sociais, manteve-se nos 17,9% em 2009, segundo o INE. Os dados indicam ainda que o contributo das transferências sociais relacionadas com a doença e a incapacidade, família, desemprego e inclusão social reduziu em 8,5 pontos percentuais a proporção da população em risco de pobreza.

Ainda relativamente a 2009, o INE refere que o rendimento monetário líquido equivalente dos 10% da população com maiores recursos correspondia a 9,2 vezes do rendimento dos 10% da população com mais baixos recursos, valor inferior ao estimado para o ano anterior (10,3).

Dde acordo com o INE, "as receitas com protecção social foram superiores às despesas, à semelhança dos cinco anos anteriores". Os indicadores sociais revelam também que, a par do aumento de 6,5% das receitas de protecção social, as despesas cresceram 8,4%, passando a representar 97% das receitas.

PIB por habitante cresce
Em relação a 2010, o INE refere o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, assim como da taxa de variação média anual do índice de preços do consumidor. O PIB por habitante, a preços constantes de 2006, era de 15.247,5 euros, o que representa um crescimento de 1,3% face a 2009 (valores preliminares).

Em termos evolutivos, o PIB por habitante, a preços constantes de 2006, cresceu 2,1% entre 2004 e 2010 e o consumo das famílias aumentou 24,3%.

O consumo final das famílias representava 66,73% do PIB em 2010 (65,76% em 2009