Eurostat aponta desemprego recorde de 15,7% em Portugal

 

O desemprego em Abril, Maio e Junho é agora estimado em respectivamente 15,4%, 15,5% e 15,7%, face aos 15,2%, 15,2% e 15,4% divulgados no final de Julho.

Os valores hoje divulgados colocam Portugal com a terceira mais elevada taxa de desemprego da zona euro, após os 25,1% da Espanha e 23,1% da Grécia (valor de Maio), e não muito acima dos 14,9% da Irlanda.

Os 15,7% de Junho e Julho constituem um novo recorde desde o início da divulgação destes dados pelo Eurostat e pelo INE (no segundo trimestre de 1983) e desde o início as séries longas do Banco de Portugal, que no caso do desemprego remonta a 1953 e utiliza um conceito mais lato do que o actual.

Os dados do Eurostat para Portugal são calculados com base na informação do INE, calibrados com informação do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). E, enquanto o INE calcula apenas taxas trimestrais, o Eurostat avança com valores mês a mês – que são por isso frequentemente sujeitos a revisão em função dos dados que o INE depois divulga, como hoje aconteceu. Por isso, o valor agora divulgado para Julho poderá ainda vir a ser alterado.

Novo recorde na zona euro

A taxa de desemprego nos 17 países da zona euro alcançou também um novo recorde de 11,3% em Julho e Junho (cujo valor foi hoje revisto em alta, face aos 11,2% divulgados no final do ano passado). No conjunto da UE, está um pouco mais baixo, em 10,4%, o mesmo valor de Junho.

As taxas de desemprego mais baixas em Julho registaram-se na Áustria (4,5%), Países Baixos (5,3%), Luxemburgo (5,5%) e Alemanha (5,5%), neste última caso mantendo-se estável desde o início do ano.

No mês passado o desemprego continuou a aumentar em Espanha e também em França, cuja taxa está agora em 10,3% (mais 0,1 pontos percentuais). Em Itália estabilizou em 10,7%, após um ano de forte subida, e no Reino Unido o último valor é de 8%, referente a Maio. Na Polónia é de 10%.