Emprego em Portugal recuou 3,1%. A média na zona euro foi 0,2%

EUROSTAT

O número de empregados em Portugal caiu 3,1% no último trimestre de 2011, quando comparado com igual período de 2010. Uma queda superior à média da Zona Euro, que foi de 0,2%, indica o Eurostat. A queda portuguesa apenas foi superada pela da Grécia, com menos 8,5% de empregados.

Segundo os dados do INE, a população empregada portuguesa era de 4,735 milhões, menos 213 400 do que um ano antes, uma quebra homóloga de 4,31%. Um cenário mais negro ainda do que o apresentado ontem pelo serviço de estatística da UE.

A queda portuguesa de 3,1% estimada pelo Eurostat foi a mais elevada de 2011 em termos anuais: no primeiro trimestre, o emprego recuou 1,6%, enquanto no segundo e terceiro trimestres foi de 0,8 e 0,7%, respetivamente.
Comparando os últimos três meses do ano passado com o terceiro trimestre, o emprego em Portugal recuou 2,7%, a taxa mais elevada entre os países para os quais foram disponibilizados dados ( onde não surge a Grécia).

Com uma taxa de desemprego em valores recorde ( 14,8%), a economia nacional deverá continuar a perder postos de trabalho este ano, já que a troika aponta para uma quebra de 3,3% do PIB.

Na variação em cadeia, o emprego recuou 0,2% na Zona Euro e 0,1% na União Europeia, sinalizando que a contração da economia no último trimestre de 2011 está a ter impacte no mercado de trabalho. O sector da construção está a ser o mais penalizado pela quebra da economia na Zona Euro, com o emprego nesta área a recuar 1,5%. O retalho é o que está a criar mais postos de trabalho novos (+ 2,2%).