Desemprego na construção cresceu 41 por cento em dois anos

Estes números foram disponibilizados hoje pela AECOPS-Associação de Empresas de Construção, Obras Publicas e Serviços, que demonstram que se perderam mais de 72 mil postos de trabalho no sector, justificados pelas quebras de produção que se sucedem consecutivamente desde há nove anos.

Não foram só os postos de trabalho que foram sendo eliminados. Segundo a AECOPS, que cita os dados divulgados pelo instituto que regula o sector (InCI), em Abril de 2011 existiam menos 1369 empresas do que no mesmo mês do ano passado. A associação regista ainda que a maior parte destas empresas desaparecidas se registam na sua area de influência, maioritariamente no Algarve.

O investimento no sector da construção continua em quebra (foi mesmo o sector que, em termos nacionais, viu o investimento cair mais drasticamente), e fechou 2010 com uma redução de 5,8 por cento. Um dado que se soma às perdas acumuladas em anos anteriores, e explica a contracção do investimento no sector chegar aos 36 por cento, se contabilizada desde 2002.

O conjunto dos diversos constrangimentos que limitam a produção da Construção tem conduzido à redução do número de empresas em actividade neste sector. Segundo os dados disponibilizados pelo InCI, no início de Abril de 2011 existiam, a nível nacional, menos 1369 empresas de Construção do que um ano antes, 933 dessas sediadas em zonas de influência da AECOPS (variação de -3,0% neste caso)