Desemprego cresce 38,5% entre professores

O número de desempregados inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional ( IEFP) recuou 3% em termos homólogos, mas aumentou 1,8% relativamente ao mês anterior. Há 533 372 desempregados inscritos.
As perspectivas para o mês corrente não são melhores para o caso específico dos professores. No final de Agosto, ficou a saber-se que, de um total de 50 mil candidatos, ficaram cerca de 37 mil docentes sem emprego e 12 817 colocados a contrato para o ano lectivo 2011/ 2012, menos 4459 do que no ano lectivo anterior. Ou seja, os dados do IEFP relativos a Setembro poderão denotar uma tendência de aumento nesta categoria profissional.
Aos 533 372 desempregados juntam-se 49 330 empregados que procuram apenas mudar de patrão. O desemprego registado corresponde a 86% de um total de 620 mil pedidos de emprego.
Mas o problema parece estar também do lado da oferta de trabalho: quebra de 37,5% em termos homólogos, para 13 898, e – 1,1% relativamente a Julho. O número de ocupados em programas especiais de emprego aumentou em 5,7% em termos homólogos, para 22 089.
A descida do desemprego em termos homólogos foi comum a todas as regiões excepto aos Açores e à Madeira, onde cresceu respectivamente 30,1% e 18,4%.
Tanto os jovens como os adultos registaram igualmente uma quebra do desemprego, com menos 6,6% e menos 2,5%, respectivamente, indica o IEFP.
O dirigente da CGTP, Arménio Carlos, considerou ontem que a subida do número de desempregados em Agosto resulta da recessão económica e do “ facto de mais de metade das pessoas sem emprego não terem qualquer tipo de subsídio”. De acordo com Arménio Carlos, mesmo no período de Verão se percebeu que não houve um aumento do emprego. “ Muito pelo contrário verifica-se e continuamos a assistir a um desemprego extremamente elevado (…)”.