Covid faz disparar subsídios de doença

Em dezembro do ano passado, 290 499 pessoas estavam em casa de baixa por doença e uma boa parte devido à covid-19. Os dados da Segurança Social mostram que é o valor mais alto desde que há estatísticas disponíveis que remontam a janeiro de 2001.

É um número que cresceu devido às pessoas que se encontram em casa em isolamento profilático por indicação das autoridades de saúde ou porque testaram positivo ao vírus SARS-CoV-2. Neste grupo, onde estão incluídas também as baixas por tuberculose, houve um crescimento de 84,4% em relação a novembro, correspondendo a mais 66 992 pessoas nesta situação, o que resulta num total de 133 227 beneficiários deste apoio.

O número de dezembro é o mais alto até agora e compara com 72 235 subsídios pagos em novembro.

Os dados divulgados ontem pela Segurança Social mostram que a maior parte dos beneficiários são trabalhadores por conta de outrem e trabalhadores do serviço doméstico. Já os independentes que acederam aos subsídios foram em novembro 5386, quase o dobro do valor de outubro.

Além dos subsídios relacionados com a covid-19, a Segurança Social pagou também apoios a 170 786 beneficiários com outras doenças, num crescimento de 11% em termos mensais, mas muito abaixo de um ano antes, com uma queda de 10,7%.

O subsídio por isolamento profilático e o subsídio por doença relativo à covid-19 asseguram o pagamento a 100% da retribuição líquida a quem fica impedido de trabalhar.

Apoio no desemprego
No final do ano passado mais de 241 mil pessoas estavam a receber prestações relacionadas com o desemprego, o valor mais alto desde abril de 2016, representando um acréscimo de 5,7% face ao mês anterior e de 40,9% tendo em conta dezembro de 2019.

O número de pessoas a receber o subsídio de desemprego ultrapassou as 200 mil pessoas, o valor mais elevado desde janeiro de 2016. Já o subsídio social de desemprego inicial abrangeu 10 285 desempregados, representando subidas de 5,8% face a novembro e de 51,5% em relação ao mês homólogo.