Banco Alimentar regista ‘crescente procura de apoio’

O Banco Alimentar Contra a Fome anunciou esta sexta-feira que nos primeiros meses de 2011 tem verificado «uma crescente procura de apoio e do número de pedidos de assistência a pessoas carenciadas».

Esta situação é justificada pelo Banco Alimentar «com o agravamento da situação económica, com o crescimento súbito e muito significativo do desemprego e com a redução de diversas prestações sociais, que têm vindo a afectar um número cada vez maior de famílias portuguesas», segundo um comunicado.

O Banco Alimentar Contra a Fome realça que «a actual situação tem consequências dramáticas e atinge sobretudo as pessoas mais pobres, nomeadamente os idosos, as pessoas que ficaram desempregadas ou possuem empregos precários e as famílias numerosas».

«A crise que se vive em Portugal, agravada pela crise mundial do último ano, torna ainda mais necessária a acção dos Bancos Alimentares para minorar as carências alimentares que atingem muitas famílias», acrescenta a instituição.

Existem 17 Bancos Alimentares Contra a Fome, nas regiões de Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Aveiro, Abrantes, São Miguel, Setúbal, Cova da Beira, Leiria-Fátima, Oeste, Algarve, Portalegre, Braga, Santarém, Viseu e Viana do Castelo.

O Banco Alimentar vai começar a funcionar também na ilha Terceira, nos Açores, e no distrito de Beja.

O Banco Alimentar Contra a Fome tem como missão «aproveitar onde sobra para distribuir onde falta», lutando contra o desperdício, conjugando boas vontades e mobilizando pessoas, empresas e entidades diversas.

Por isso, apela «à solidariedade de todos os portugueses mostrando que basta uma pequena contribuição de cada pessoa para, em conjunto, ser possível ajudar muitas pessoas necessitadas e contribuir para o bem comum».

Os Bancos Alimentares Contra a Fome distribuem os géneros alimentares recorrendo a instituições de solidariedade social por si certificadas, que avaliam a real situação de carência alimentar das pessoas objecto de assistência.

De acordo a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome, ao longo de 2010 foram apoiadas mais de 1.900 instituições, que concederam ajuda alimentar a mais de 295 mil pessoas comprovadamente carenciadas, tendo sido distribuído um total de 26.500 toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado superior a 33,4 milhões de euros), ou seja, um movimento médio superior a 100 toneladas por dia útil.