Ajuda a novos pobres deixa instituições à beira do colapso

Jorge Santos, presidente da Comunidade Vida e Paz, recorda que “as equipas de rua deparam- se com mais casos de novos pobres”. “É preciso uma nova abordagem, pois estas não revelam a mesma abertura, é uma pobreza mais envergonhada”, explica. O grande problema para lidar com estas novas situações é que muitas vezes tratam- se de famílias que tinham uma vida estruturada, por vezes até empresários em nome individual, que, de um momento para o outro, se viram sem nada.
Pessoas cujas empresas faliram, casais que ficaram no desemprego e, no fundo, muitas pessoas que não têm capacidade para continuar a pagar os créditos à habitação. Novos pobres que engrossaram os pedidos de ajuda às instituições sociais.
Por isso, as dificuldade das IPSS aumentaram significativamente e só a Cáritas, por
Só a Cáritas ajudou 17 novas famílias por dia em 2011 exemplo, ajudou este ano 17 novas famílias por dia, num total de 4645 novas famílias e 12 535 novas pessoas apoiadas desde Janeiro. “Há Cáritas diocesanas que já não têm capacidade para receber mais pessoas”, defende Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portugal. E a tendência, acreditam os responsáveis das IPSS, será de um agravar da situação no terreno com o agudizar dos cortes salariais em 2012.