A partir de um de Janeiro entram em vigor uma série de medidas que vão afectar a saúde. Conheça as dez principais alterações

Em 2012 a saúde vai ficar mais cara. As alterações que se vão verificar na dividem-se em duas grandes áreas, a das alterações fiscais e da das consultas hospitalares, especialmente no que toca às Taxas Moderadoras.

Conheça as dez grandes alterações:

1 – Deduções fiscais. A partir de 2012, apenas são aceites 10% dos gastos e até ao limite de 834,44 euros, contrariamente aos 30% aceites até agora. A soma de todas as facturas apenas reduzirá o imposto em 67 euros. Ou seja, numa consulta de 100 euros, o montante “aproveitável” para fins fiscais baixa de 30 para 10 euros. Será obrigatório colocar o nome do beneficiário em todas as facturas.

2 – Três ou mais dependentes.  Têm direito a uma majoração de 30%, e não 10%, por cada filho se todos eles apresentarem despesas de saúde válidas. Nestas situações, o limite máximo da dedução passa a ser de 964,21 euros.

3-  Seguros de Vida. Este ano, as Finanças deixam de aceitar este tipo de seguro para efeitos fiscais, pelo que, quando no próximo ano fizer a declaração de rendimentos de 2011, já não haverá “espaço” para inscrever o dinheiro gasto no prémio deste seguro.

4- Centros de Saúde. As taxas moderadoras vão aumentar os preços das consultas. Os atendimentos urgentes em centros de saúde, como nos serviços de atendimento permanente passarão a custar 10 euros, contrariamente aos anteriores 3,80.

5 – Urgências hospitalares. As urgências vão ficar duas vezes mais caras porque a taxa moderadora passa de entre 8,60 e 9,60 euros para entre 15 e 20 euros.
 
6 – Consultas de especialidade.  Antes custavam 4,60 nos hospitais centrais e 3,10 nos hospitais mais pequenos, passam ambas para os dez euros e deixa de ser diferenciadas.

7 – Exames de Urgência e análises. No ano que vem ir a uma urgência e efectuar exames vai ficar em 30 euros. Actualmente os exames ficavam em 15 euros, metade.

8 – Consultas ao domicílio. Vão passar dos 4,80 euros para os dez euros. Ainda assim fica a metade do preço relativamente a uma consulta hospitalar.

9 – Medicamentos. O governo pondera “excluir” o recurso a “determinada medida terapêutica ou medicamentos. Ou seja, o Estado está a estudar quais os medicamentos que deixarão de ser comparticipados.

10 – Margens de lucro. O Governo vai reduzir as margens de lucro das farmácias e dos grossistas, estabelecendo as regras em função do preço de venda ao armazenista. As margens de lucro vão diminuindo à medida que o preço dos medicamentos aumenta.