A escolarizaçao dos portugueses continua abaixo das médias internacionais

Chama-se “Atlas do Abandono e do Insucesso Escolar em Portugal”.
Este trabalho dá a conhecer como e onde melhorámos os indicadores da Educação em Portugal nos últimos 20 anos e onde estão as novas bolsas de risco, sendo que como nos explica o jornalista Nuno Guedes, o balanço é globalmente positivo.
O interior do continente tem, de longe, os concelhos do país com mais casos de abandono escolar.
A conclusão consta de um estudo que será apresentado hoje numa conferência. O trabalho foi pedido pela associação EPIS, Empresários Pela Inclusão Social, e feito pelo Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa.
Foram analisados os censos de 1991, 2001 e 2011. Portugal contínua atrás dos outros países europeus, mas os avanços foram enormes. Em 20 anos o abandono escolar precoce, antes de acabar o 12º ano, caiu para perto de um terço.
O coordenador do estudo, David Justino, antigo ministro da Educação, sublinha que os avanços foram muito grandes.
Em 1991 o abandono escolar precoce, antes de acabar o 12º ano, atingia 63 por cento dos jovens. Agora ronda os 20 por cento.
Com menos abandono das salas de aula, o tempo que os portugueses passam em média na escola passou, em 20 anos, de 4 para 9 anos. O avanço foi muito visível no litoral do continente, onde o abandono escolar caiu a pique. As bolsas de maior risco estão agora no interior.
David Justino admite que a escolarizaçao dos portugueses continua abaixo das médias internacionais. Há problemas, mas o anterior ministro, sublinha que é preciso recordar a enorme evolução dos últimos 20 anos.