34 mil novos subsídios de desemprego desde que mudou a lei

 

A 1 de abril, e cumprindo uma das exigências da troika, o subsídio de desemprego mudou, passando as pessoas que entraram a partir dessa data a beneficiar de um prazo de atribuição mais reduzido e de uma retribuição máxima menos generosa. Logo nesse mês, foram deferidos 17 733 pedidos, a que se somam os 16 927 requerimentos viabilizados em maio. Os dados estatísticos da Segurança Social não permitem distinguir quantos deram entrada em abril, mas o tempo de resposta dos serviços indicia que uma expressiva parte surgiu e foi apreciada já ao abrigo da nova lei.
Para estes novos desempregados, está previsto um corte de 10% no valor do subsídio ao fim de seis meses, o que significa que os primeiros cortes surgirão em novembro. O objetivo da alteração ( defendida no memorando de entendimento) é tornar o apoio menos generoso e potenciar a procura de emprego. Um resultado difícil na atual conjuntura, em que o número de novos desempregados não para de aumentar – especialmente o dos de longa duração ( há mais de um ano). As novas regras não alteraram o cálculo do subsídio – que continua a ser 75% do salário líquido – mas reduziram de 1257 para 1048 euros o máximo pago.

As mudanças, porém, não têm conseguido travar a subida da despesa com o subsídio de desemprego, que em junho, segundo dados da execução orçamental, estava 22% acima do valor pago no mesmo período de 2011. Ainda assim, o número de requerimentos de subsídio diferidos abrandou em abril e maio, relativamente aos três meses anteriores, quando vigoravam as regras anteriores e foram apreciados 23 700 pedidos/ mês.