3300 casas devolvidas aos bancos até Junho

No segundo trimestre deste ano verificou- se, porém, face ao primeiro trimestre, um decréscimo de 56,5% do número de imóveis devolvidos aos bancos por impossibilidade de pagamento do crédito à habitação, com mil imóveis entregues de abril a junho, contra 2300 nos primeiros três meses do ano. Para o presidente da APEMIP, este é um “sinal evidente de que o sector financeiro tomou consciência da gravidade do problema, que a APEMIP bem identificou, logo que começou a divulgar os números rigorosos do fenómeno, passando a encará- lo de forma completamente diferente, através de tentativas de renegociação com os clientes, solução que acaba por se refletir nos números respeitantes ao segundo trimestre de 2012”.
Luís Carvalho Lima considera positiva esta outra atitude das instituições financeiras, que atribui à consciência dos efeitos que um aumento dos ativos indesejáveis causaria na economia e no próprio sector financeiro. E apela a que sejam criados mecanismos de renegociação, que poderão passar pelas reduções do spread, prazo do indexante e taxa de juro ou aumento do prazo dos empréstimos, parâmetros que “devem ser legalmente definidos, obrigando as entidades bancárias a considerar alternativas antes de declarar o incumprimento definitivo”.