Mulheres portugueses no mercado de trabalho acima da média dos países da OCDE

De acordo com um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), publicado quarta-feira, em Portugal, a proporção de mulheres no mercado de trabalho em 2009 era de 61,6%, um valor acima da média da Organização.

O estudo "Doing better for families", conclui ainda que as mulheres participam cada vez mais em trabalhos remunerados, apesar das diferenças na intensidade laboral entre homens e mulheres.

"Em todos os países da OCDE, uma percentagem muito maior de emprego feminino é em regime de part-time": 21,7% das mulheres trabalha a tempo parcial, contra apenas 4,4% dos homens a trabalhar neste regime.

Em Portugal, esta diferença é menos acentuada, sendo que menos de 10% do emprego feminino é a tempo parcial, à semelhança do que se verifica na República Checa, Finlândia, Estónia, Hungria, Eslováquia e Eslovénia.

Por oposição, na Alemanha, Holanda, Suíça e Reino Unido mais de 35% do trabalho feminino é em regime de part-time.

No que se refere à fertilidade, Portugal é o segundo país da OCDE com menor taxa de fertilidade, seguido da República Checa. Nos dois casos — e também no caso da Federação Russa — mais de 30% das mulheres tem apenas um filho.

Em contrapartida, em França, na Noruega, na Polónia, na Suécia e nos Estados Unidos, pelo menos 30% das mulheres tem três ou mais filhos.