O 1º Encontro do Observatório realizou-se no dia 28 de Junho no Espaço da Santa Casa

No ano de 2011 o Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa (OLCP) irá focar a sua atenção no tema da habitação e na sua relação com a pobreza, incidindo sobretudo na articulação entre as políticas sociais e as políticas de habitação. A finalidade principal do OLCP é a sistematização da inúmera informação dispersa que existe sobre estas temáticas e a elaboração de propostas concretas.

Crescimento sem criação de emprego

Segundo a novíssima leitura do Fundo Monetário Internacional (FMI), a concretização do programa de assistência económica e financeira a Portugal vai cavar mais o recuo da economia neste ano e no próximo, mas, em seguida, o crescimento económico tenderá a ser mais forte em 2013 e 2014. Nas condições de volatilidade, às quais se encontra exposta a economia mundial e, em especial, a europeia, não vale a pena matar a cabeça com problemas antecipados a quatro anos de distância. Mas há uma faceta do retrato tirado ao País que tem de suscitar a discussão atenta de todos os protagonistas no fenómeno económico: se, como não podia deixar de ser, o aprofundamento da recessão traz consigo o aumento do desemprego – com um pico no próximo ano nos 13,4% (à volta de 750 mil desempregados), diz o FMI -, vale a pena tomar nota da lentíssima recuperação do emprego e da redução do desemprego nos anos seguintes, mesmo quando o PIB já registe valores positivos. Eis-nos no cenário que já motiva grandes preocupações dos dois lados do Atlântico: crescimento do produto com escassa criação líquida de emprego.

Custos para habitação nova sobem 1,8 por cento

O índice dos custos de habitação nova no continente cresceu 1,8 por cento em Abril, em relação ao mesmo período do ano passado, o que representa um ligeiro recuo de 0,1 pontos percentuais em relação à variação homóloga do mês de Março, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).Esta ligeira desaceleração deve-se à queda da componente de materiais, cuja variação passou de 2,5 por cento em Março para 2,1 por cento em Abril, em termos homólogos. Em sentido contrário, na componente mão-de-obra registou uma aceleração de 0,1 pontos percentuais, para 1,5 por cento

Parceiros sociais alertam para aumento da conflitualidade social

Os parceiros sociais receiam que a contestação social possa aumentar nos próximos tempos, por causa das medidas previstas no acordo assinado com as instituições internacionais, e esperam que o novo Governo aposte de forma clara no diálogo social.Os sindicatos deixaram hoje claro que não estão disponíveis para aceitar uma atitude de “posso, quero e mando”, enquanto as confederações patronais alertam que a conflitualidade tenderá a agravar-se e defendem um entendimento alargado na concertação social.

Funcionários públicos vão perder até 2013 quase dois salários por ano

Portugal é o país da Zona Euro onde os salários vão sofrer a maior queda real, mesmo superior à prevista para a Grécia. Os números são da Comissão Europeia e reflectem, em grande parte, as medidas aplicadas aos funcionários públicos. Em 2013, o funcionário público médio estará a receber quase menos dois salários – o equivalente ao subsídio de férias e 13º mês – do que em 2010. A quebra salarial variará entre 7% e 17%.