Metade dos desempregados continua sem receber subsídio

Em Setembro, a Segurança Social pagou prestações a 174.501 beneficiários, deixando sem apoio 48,5% dos desempregados registados nos centros de emprego e 50,5% dos desempregados estimados pelo INE.
A Segurança Social pagou, em Setembro, prestações de desemprego a 174.502 beneficiários, deixando sem apoio 48,5% dos desempregados registados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e 50,5% do total de desempregados estimados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os dados disponibilizados na página da Segurança Social, nesta terça-feira, em Setembro existiam 174.502 beneficiários de prestações de desemprego, mais 3,2% do que em Agosto e menos 7,7% do que em 2017.
Tendo em conta o número de desempregados registados pelo IEFP (para receber as prestações os desempegados têm de estar inscritos nos centros de emprego), as prestações pagas abrangem 51,4% das pessoas, deixando de fora as restantes. Mas se forem consideradas as estimativas do INE que dão conta de 352.500 desempregados em Agosto, as prestações chegam a 45,5% das pessoas, deixando sem protecção mais de metade.
Os números da Segurança Social incluem o subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego inicial, subsídio social de desemprego subsequente e prolongamento do subsídio social de desemprego.
O número de beneficiários de subsídio de desemprego foi de 144.515, mais 5% face a Agosto e menos 6,4% em relação ao período homólogo. O subsídio social de desemprego inicial, por sua vez, abrangeu os 6460 desempregados, registando uma variação positiva de 3,7% face ao mês anterior e uma quebra de 6,1% na comparação com 2017.
Nas restantes prestações (subsídio subsequente e prolongamento do subsídio) registou-se um decréscimo mensal e homólogo.

No caso da medida extraordinária de apoio aos desempregados de longa duração, que em Setembro chegava a 3164 pessoas, registou-se um aumento de 19,7% em relação a Setembro de 2017 o que pode ficar a dever-se ao facto de o Orçamento do Estado para 2019 ter facilitado o acesso. Já na comparação entre Agosto e Setembro, houve uma quebra de 30,5%.